domingo, 17 de maio de 2009

DISSERTAÇÃO : QUAL O PAPEL DA MÍDIA?

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Língua Portuguesa III
Prof. Antônio Carlos Xavier
Flávia Bruna Ribeiro da Silva Braga

21.05.09

QUAL O PAPEL DA MÍDIA?

A mídia, enquanto participante do convívio social, é parte de um complexo sistema de comunicação. Está entre a política e os eleitores. Entre os famosos e os anônimos. Entre o desconhecido e o super-exposto. Parece ser, à primeira vista, o ouvido de uns e a boca de outros, formando o organismo que chamamos de sociedade.
Um olhar mais atento sobre a esfera jornalística parece desmentir esses conceitos. Até que ponto o jornalismo consegue estar entre dois meios sem misturar-se? Ou até mesmo, como saber se a própria mídia não protagoniza uma dessas dicotomias? Não é tão difícil perceber que a imparcialidade no jornalismo é uma utopia fracassada. A simples escolha de verbos evidenciará o ponto de vista de um meio de comunicação. Se o mito da verdade absoluta caiu, qual deve ser o papel da mídia?
O jornalismo, enquanto exercício da intelectualidade, trabalha para pensar os problemas cotidianos da humanidade. Não é determinante, entretanto, a onipresença do dever social no jornalista. O pluralismo em prática na Era hodierna abarca possibilidades infinitas para a mídia. Entreter, informar, argumentar, pensar, escutar, falar, conviver, protagonizar: são alguns (e até mesmo poucos) dos verbos que sintetizam a função midiática.
O que é preciso pensar é: é necessária, leia-se essencial, a existência da mídia? É possível existir uma sociedade onde os fatos ocorridos sejam passados verbalmente de um indivíduo a outro, numa cadeia longa – e precisamente – questionável? Como garantir o mínimo de veracidade na transmissão das lembranças? É aí que o jornalismo se instala. Apesar sabermos que a verdade de algo ocorrido possa variar de acordo com as impressões e ideologias que permeiam o jornalista, a existência da mídia se faz imprescindível a partir do momento que ela não apenas interpreta os fatos de um modo crítico (julgamento de valores, de crenças, de culturas, de problemas...) como também põe em evidencia questões que, caso contrário, dificilmente seriam pensadas.
A mídia é um instrumento de mudança histórica, participante das decisões que trilham o rumo da vida humana. O jornalismo é uma credencial para se viver os vários aspectos da sociedade. É a partir dela que o ser humano se ler, se vê e se interpreta. É indubitável a presença da mídia para o pensar, para o agir e para o entreter. A questão é: como sabermos até que ponto vai o jornalismo compromissado antes da vaidade?

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