terça-feira, 26 de maio de 2009

TIPOLOGIA DO DISCURSO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Língua Portuguesa III
Prof. Antônio Carlos Xavier
Flávia Bruna Ribeiro da Silva Braga

26.05.09
TIPOLOGIA DO DISCURSO
Para Marcushi (Lucerna, 2007, p.152), os discursos merecedores de estudo são divididos em Discursos de Poder e Discursos Populares. Tendo em vista, entretanto, que a divisão feita fora formada em plena ditadura militar brasileira, é necessária uma reestruturação das partes consideradas para o novo contexto sócio-politico-econômico em exercício no Brasil hodiernamente. Sugere-se, pois, uma nova divisão que abarca as variadas formas comunicativas, sendo, necessariamente, interligadas e mutualísticas.
Discurso de Mercado: Vivemos a Era das compras. O discurso capitalista imperativo tem um caráter próprio que reflete no comportamento social e nas decisões políticas. Apesar de ser mostrado explicitamente nos meios de comunicação e basicamente ter vida própria, o poder do mercado é superficial, cheio de vertentes contraditórias, sendo facilmente quebrado pelas decisões dos consumidores, de que é subordinado.
Discurso Político: feito pelos que detêm poder legalmente, sendo esse de governo ou oposição. O discurso político está subjugado, nos países de economia capitalista, ao Discurso de Mercado, sendo influenciado em suas decisões pelo poder econômico. É, entretanto, necessário na hierarquia aparente do controle, pois é comumente mostrado como o mais influente, não o sendo.
Discurso Religioso: É aparentemente independente dos outros discursos. Entretanto, está ligado ao desenvolvimento econômico e político que é imposto ao Brasil desde o “descobrimento”. Sendo a igreja católica a grande aliada do Rei português desde o século XVI, a cultura cristã se tornou um imperativo nas decisões históricas do Brasil. É a mais abordada na mídia e está presente, implicitamente, no discurso político. Por exemplo, nas cédulas do Real: “Deus seja louvado”
Discurso Midiático: Sutil. O poder da mídia tem como seu segredo a manipulação dos canais de comunicação do fato ao leitor. Defende-se com o argumento de ser a defensora dos interesses públicos, sendo, entretanto, um governo dentro de um maior. A flutuação do seu discurso deve-se à sua ligação com o discurso de mercado, de que é servidora real.
Discurso Anônimo: feito pelos diversos componentes da sociedade, abarca desde as celebridades até o simples trabalhador rural. Não detêm pode legal e são submetidos aos interesses dos discursos anteriores, sendo, muitas vezes, o ponto culminante de um discurso político, religioso, midiático ou de mercado. É, entretanto, o real detentor de poder, pois é a partir de seus componentes que se controem as bases dos discursos aparentemente mais fortes. É intrínseco na existência dos outros poderes, todavia, implícito.

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